Hora de estudar também é hora de brincar
HORA DE ESTUDAR TAMBÉM É HORA DE BRINCAR
Com o Projeto Educação Digital, alunos da Escola Municipal João Rodrigues dos Santos, em Imbaú, no Paraná, estão aprendendo língua portuguesa enquanto brincam. A partir de um jogo on-line, estudantes do 3º, 4º e 5º anos, criam personagens, histórias e, com suporte de inteligência artificial, identificam o que precisam melhorar em sua escrita. A iniciativa é uma parceria entre a Klabin, a Secretaria de Educação de Imbaú e a FazGame, que desenvolve jogos digitais educativos.
Para a diretora da escola, Nerli Antunes de Mello, a Tininha, os jogos digitais ajudam o professor a motivar os jovens para os estudos. “É uma forma de chamar a atenção dos estudantes e motivá-los a estudar mais. O projeto veio para ajudar e as crianças amam”, destaca. Quem confirma essa percepção é Luana Assis, professora do 5º ano. “Na sala de aula, lemos o texto e debatemos. Depois vamos para os computadores. Percebo que eles entendem melhor com o joguinho. Se unimos o conteúdo da sala com a tecnologia, eles vão gostar e se dedicar mais”, observa.
O que dizem os estudantes?
As crianças concordam: amam a experiência! O Davi Miguel Pereira Antunes, aluno do 5º ano, está gostando do novo jeito de aprender. Sempre disposto a ajudar os colegas, ele solta a imaginação ao criar cenários para suas histórias e garante que está escrevendo melhor. “O que mais gosto é de programar o joguinho. Lá também tem um corretor. Quando você escreve uma palavra errada, ele mostra. Serve para você melhorar o Português”, explica. Já a pequena Iasmin Vitória da Silva Antunes, do 3º ano, adora construir histórias e criar personagens. “Gosto de escolher ocenário do jogo e de criar personagens. No meu, criei duas meninas e um menino”, conta.
Metodologia boa para quem aprende e para quem ensina
O método passou por testes que comprovam a sua eficiência. Heloisa Padilha, líder pedagógica da FazGame detalha as habilidades que as crianças podem desenvolver usando o jogo. “Com o projeto, a expectativa é que os alunos melhorem a compreensão e a velocidade da leitura e que consigam desenvolver o texto a partir da imaginação. A escrita vai se aprimorar do ponto de vista ortográfico e eles conseguirão construir narrativas coerentes”.
Os professores também ganham um aliado no dia a dia de trabalho, já que o game compila dados que podem orientar o planejamento de aulas, de acordo com as necessidades de seus alunos. “O professor vai trabalhar um conteúdo que ele quer dar. Ao escrever o texto, a inteligência artificial vai interagir com o aluno, ajudando-o a corrigir os erros, a pensar e a aprender. Os dados gerados são passados para o professor e para o gestor da escola, ressalta Carla Zelter, diretora-executiva da FazGame. Com essas informações em mãos, é possível trabalhar exatamente os pontos que a turma tem mais dificuldade. Um apoio e tanto para o ensino e para a aprendizagem.
A expectativa é que, futuramente, o projeto possa ser expandido para outras escolas, contribuindo para melhorar ainda mais qualidade para a educação local.