No retorno às aulas presenciais, a professora Ana Karine Bezerra de Lima deparou-se com os impactos da pandemia, especialmente nas habilidades de comunicação oral dos alunos. Muitos estudantes apresentaram dificuldades em se expressar verbalmente, demonstrando timidez e receio de serem criticados. Durante o período de ensino remoto, a falta de oportunidades para desenvolver a oralidade, como conversas em sala de aula, prejudicou o desenvolvimento dessas habilidades essenciais. Nesse contexto, especialistas enfatizam a necessidade de inserir a oralidade como parte integrante das aulas de diversas disciplinas, promovendo o protagonismo dos alunos e incentivando a construção de argumentos.

O desenvolvimento da comunicação oral requer uma abordagem pedagógica intencional, na qual o professor estabeleça objetivos claros e intervenha durante as atividades para garantir um ambiente respeitoso e participativo. Além disso, é fundamental envolver os alunos ativamente em seu processo de aprendizagem, por meio de práticas como pesquisas, debates, seminários e apresentações orais.

Ao trabalhar a oralidade, os estudantes adquirem competências essenciais previstas na Base Nacional Comum Curricular, como comunicação, pensamento crítico, argumentação, empatia, cooperação e responsabilidade cidadã. Para promover um ensino eficaz da comunicação oral, é necessário oferecer orientação, intervenções e modelos aos alunos, permitindo que eles desenvolvam confiança e habilidades nessa área.

Fonte: Nova Escola / Camila Cecílio