25/08/2023

Reconhecimentos e premiações

MELHORES E MAIORES 50 anos: inovação faz da Klabin a empresa de papel e celulose mais premiada

Fundada há 124 anos, a companhia acompanha as diferentes tendências do mercado e se torna uma das maiores campeãs da premiação

 

Cristiano Teixeira, CEO da Klabin: empresa é recordista no setor de papel e celulose. (Leandro Fonseca/Exame)


Enquanto os consumidores brasileiros passavam por uma drástica escassez de papel, em 1973, a Klabin registrava a rentabilidade de 19%. Isto é, cerca de duas vezes os 8,9% registrados no ano anterior. Assim, pela primeira vez, a Klabin aparecia na MELHORES E MAIORES, da EXAME, em 1974.

O cenário desafiador da economia brasileira fazia com que o endividamento médio de 44,5% pudesse ser considerado um dos mais baixos, quando comparado com outros setores. E embora o período tenha sido marcado por desafios, em 1974, ocorreu o início do Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), um pacote para o crescimento e distribuição de renda. Ainda na década de 1970, a companhia aparece no primeiro lugar do setor outras duas vezes: 1975 e 1977, períodos após o chamado “Milagre econômico”, quando entre 1968 e 1973 o produto interno bruto (PIB) crescia a uma taxa de 11,1%.

A Klabin voltou ao topo do ranking outras sete vezes a partir de 2010 (as aparições, da mais recente para a mais antiga foram em: 2020, 2018, 2017, 2015, 2013, 2012, 2010, 1977, 1975, 1974). A empresa é a recordista de seu setor em premiações anuais e, por isso, é a campeã histórica entre as empresas de papel e celulose nos 50 anos de MELHORES E MAIORES.

Atualmente, a Klabin possui 22 fábricas no Brasil e uma na Argentina. A companhia produz 2,6 milhões de toneladas de papéis e 1,6 milhão de tonelada de três tipos de celulose, além de fazer a gestão e o manejo florestal de 719 mil hectares, sendo 43% áreas de conservação. “Temos mais de 25 mil colaboradores, entre diretos e indiretos, então reconhecemos o enorme impacto da operação nas pessoas, comunidades, e nas florestas onde atuamos”, diz Cristiano Teixeira, CEO da Klabin.

Segredo da consistência

Para ele, um dos motivos para a consistência da empresa de 124 anos é a atenção às oportunidades e constante inovação. Em 1979 a abertura de capital foi importante para a transparência e crescimento. Já em 1998, a Klabin foi a primeira empresa brasileira do setor de papel e celulose no Hemisfério Sul a certificar o manejo florestal.

“Sempre acompanhamos as tendências e estivemos atentos aos critérios para garantir aos stakeholders que estamos no melhor caminho”, diz Teixeira. Em relação aos produtos, o diferencial foi saber acompanhar as necessidades do mercado. “Tivemos uma fase muito forte da mídia impressa, na qual o fornecimento do papel era essencial. Com a digitalização, soubemos migrar para a produção de embalagens para e-commerce, por exemplo. Ao longo da história, somos uma empresa dinâmica e atenta”, afirma o executivo.

A Klabin entende que a atenção às mudanças climáticas e os desafios socioambientais estão bastante ligadas com a estratégia do negócio que consiste na manutenção e uso consciente das florestas. Por isto, em 2020, lançou os KODS – Objetivo Klabin para o desenvolvimento sustentável, alinhados à agenda 2030 da Organização das Nações Unidas.

No ano seguinte, a companhia lançou um site com atualizações constantes com informações das práticas ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) da companhia. Além disto, há um sistema de pontuação para os executivos com metas vinculadas ao ESG. Os produtos também levam o tema em consideração, como o EkoFlex, papel para embalagens flexíveis com alto índice de redução do uso de plástico na cadeia de consumo. Este tipo de olhar, contudo, não é novo.

“Em 1992, o Dr. Israel Klabin e Celso Lafer, então membros do conselho de administração, estavam envolvidos com a Rio-92, conferência sobre mudanças climáticas que deu o ponta pé inicial para as Conferências das Partes (COP), que hoje reúnem o mundo todo. Assim, fica claro que desde a fundação da companhia as pessoas envolvidas estavam preocupadas com cultura, sustentabilidade, inovação e transparência, resultando na companhia que temos hoje”, diz Teixeira. A companhia foi a única brasileira convidada pela ONU a integrar o grupo de líderes da COP26, em 2021.

Para os próximos passos, a Klabin foca em produtividade alinhada à sustentabilidade. “Estamos fazendo investimentos e escolhendo equipamentos que vão durar de 40 a 60 anos. Hoje temos as máquinas mais modernas do mundo e que podem ser atualizadas para a inovação constante”, diz Teixeira. Um dos investimentos da companhia é no Projeto Figueira, que totaliza 1,6 bilhão de reais com a construção de uma fábrica de papelão ondulado, com atividade inicial prevista para 2024. Outro é Projeto Puma II, de expansão no Paraná com um investimento de 12,9 bilhões de reais, o maior já feito pela companhia. A Klabin investe para se manter no topo.

https://exame.com/esg/melhores-e-maiores-50-anos-inovacao-faz-da-klabin-a-empresa-de-papel-e-celulose-mais-premiada/