Press Release
29/06/2022
Pesquisa & Inovação
Programa de manejo integrado de pragas (MIP) adotado pela Klabin tem 90% de eficácia
Projeto de controle biológico da vespa-da-madeira teve início nos anos 80 e dispensa a utilização de produtos químicos
São Paulo, 29 de junho de 2022 - Comprometida com o desenvolvimento sustentável de suas florestas, a Klabin, maior produtora e exportadora de papéis para embalagens e soluções sustentáveis em embalagens de papel do Brasil, trabalha no manejo integrado de pragas (MIP), apoiando e desenvolvendo técnicas de controle biológico. Há cerca de 30 anos, a Companhia foi uma das primeiras a aderir ao então Fundo Nacional de Controle da Vespa-da-madeira (hoje, Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais - Funcema), em que diversas empresas do setor florestal atuaram, em conjunto com a Embrapa Florestas, visando o aperfeiçoamento de técnicas de controle à vespa-da-madeira (Sirex noctilio), espécie exótica, que na época invadiu as plantações de pínus no Brasil e que não tinha inimigos naturais. Como resultado, a parceria proporcionou a introdução de dois principais sistemas de controle biológico da praga, um por meio do uso de um nematoide (Deladenus siricidicola), que, injetado na madeira, entra em contato com as larvas da praga, esterilizando-as, e, consequentemente, diminuindo a sua propagação. O outro por meio do monitoramento e soltura em campo de inimigos naturais, como a Ibalia leucospoides e Megarhyssa nortony, introduzidos no Brasil em meados da década de 90.
Vespa da madeira
Os resultados destas ações são observados ao longo dos anos, comprovado por meio do êxito no controle da praga. Como demonstração desta sinergia de sucesso, recentemente, a Embrapa Florestas publicou uma carta de agradecimento a respeito destas mais de três décadas de parceria, evidenciando a contribuição e desenvolvimento técnico de diversas ações visando o controle da vespa-da-madeira, mantendo o equilíbrio natural do ambiente, garantindo a sustentabilidade da produção florestal da Companhia. No documento, a instituição menciona a importância da aplicação destas técnicas, destacando que a empresa possui o primeiro registro da presença natural da Megarhyssa nortony em plantios florestais, localizado na Unidade Otacílio Costa, desde 2015, e que vem aumentando a sua presença desde então. Além da Megarhyssa, há mais uma década, também é identificado o parasitismo da praga pela presença da Ibalia, inseto este que aliado à aplicação anual do nematoide controla em mais de 90% a praga.
O sistema de manejo integrado, conceito que utiliza práticas de controle aplicadas em estratégias de análises de custo/benefício, considera o impacto sobre a produtividade florestal, sociedade e o ambiente. O método é adotado pela Klabin com objetivo de buscar estratégias mais racionais e eficientes na proteção de plantas contra pragas e doenças florestais, por meio do controle genético, biológico e, como última alternativa, raramente utilizada, o uso de produto químico. O projeto em parceria com a Embrapa Florestas e Funcema se enquadra no modelo biológico, se valendo do uso de inimigos naturais de pragas, criados e multiplicados em laboratório, a fim de realizar o controle de forma mais sustentável a médio e longo prazo. Os resultados obtidos comprovam o sucesso da iniciativa, reduzindo a média de mortalidade de pínus causada pela vespa-da-madeira em plantios de pinus brasileiros de 60% para menos de 1%, contribuindo para reduzir as perdas ocasionadas pela praga nas regiões onde a Klabin está inserida.
De acordo com Bruno Afonso Magro, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento Florestal da Klabin, o documento emitido pela Embrapa Florestas reforça o fato de que a introdução, incentivo, desenvolvimento e uso de técnicas de controle biológico, aliado ao manejo sustentável adotado pela Companhia, têm auxiliado no desenvolvimento natural deste e outros insetos benéficos nas regiões onde a empresa atua, garantindo assim a manutenção da produtividade do plantio. “O controle biológico se torna mais viável e eficiente, quando comparado a outras opções, à médio e longo prazo, garantindo a manutenção da produtividade de uma de forma sustentável e causando menos impacto ao meio ambiente. Há mais de duas décadas, por meio do monitoramento e controle, é possível afirmar que esta praga está controlada nas florestas da Klabin”, afirma.
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