Santa Catarina, 4 de abril de 2022 – Um índice que mede o progresso social dos municípios, com metodologia reconhecida internacionalmente. Um site onde esses dados ficam disponíveis para as comunidades e governos, possibilitando interação e a gestão pública participativa nos municípios. Tudo isso foi colocado em prática na última semana, com o lançamento do Índice de Progresso Social (IPS) para 12 municípios da Região Serrana de Santa Catarina, incluindo Lages, Correia Pinto, Otacílio Costa, assim como outros nove municípios: Painel, Urupema, Rio Rufino, Palmeira, Ponte Alta do Norte, Bocaina do Sul, Ponte Alta, São Cristóvão do Sul e Bom Retiro.
 
O trabalho é uma parceria da Klabin com a Fundación Avina, organização presente em 20 países que promove a geração de mudanças em grande escala para o desenvolvimento sustentável na América Latina. O lançamento ocorreu na última quinta-feira, 31 março, num evento on-line com a participação de Prefeitos e Secretários Municipais da região.
 
“A construção deste importante índice está em linha com a nossa Política de Sustentabilidade e nos ajuda a proporcionar diagnósticos e ferramentas para que as regiões onde atuamos se desenvolvam de forma planejada e estruturada, e estejam preparadas para atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, a chamada Agenda 2030”, afirma Francisco Razzolini, diretor de Tecnologia Industrial, Inovação, Sustentabilidade e Projetos da Klabin.
 
O que é o IPS – O IPS é um índice que tem sido utilizado ao redor do mundo para medir e comparar progressos sociais e direcionar investimentos, tanto na área pública como privada. A ferramenta tem apoiado cidades, países e regiões a medir seus avanços rumo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), acordados por todos os países-membros da ONU (Organização das Nações Unidas). 
 
Desenvolvido pela organização sem fins lucrativos Social Progress Imperative, baseada em Washington, nos Estados Unidos, em parceria com a Harvard Business School e o MIT (Massachusetts Institute of Technology), o IPS tem o diferencial de medir apenas resultados sociais e ambientais com impacto direto na vida da população. Ele considera três dimensões: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos de Bem-estar e Oportunidades. Cada dimensão é dividida em quatro componentes, conforme o quadro abaixo.
 

Figura 1: O Índice de Progresso Social. Fonte: Fundación Avina
 
Resultados – Para o IPS dos municípios da Região Serrana de Santa Catarina, foram utilizados dados oficiais de fontes públicas, somados a uma pesquisa de percepção realizada com 1.300 pessoas em 12 municípios da região, no mês de dezembro de 2020. Os resultados mostram que o IPS médio das cidades do território foi de 64,20 em 2021. Isso significa que, em média, a região já passou a metade do caminho para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável medidos pelo índice. 
 
Os resultados para todos os municípios podem ser vistos na Figura 2, abaixo.
 

Figura 2 – IPS de municípios da área de influência da Klabin em Santa Catarina (2021). Fonte: Fundación Avina
 
Além da comparação geral entre os municípios, a ferramenta permite analisar áreas específicas. Um semáforo de três cores indica se a localidade está mais bem posicionada do que a média da região (cor verde), se está abaixo da média (cor vermelho) ou próxima à média (cor amarela). Todos os resultados estão disponíveis no portal Território em Desenvolvimento, basta acessar territorio.app.br.
 
Como destaques do estudo, observa-se que nem sempre o PIB municipal acompanha o nível de progresso social, pois o crescimento de cidades traz também novos desafios. Com o maior PIB e população da região, o município de Lages obteve bom desempenho em Necessidades Humanas Básicas (75.2 pontos), com bons indicadores em acesso à água e saneamento e moradia. O município, porém, apresenta ainda desafios significativos no acesso a oportunidades, como em relação ao aumento na representatividade de mulheres na Câmara Municipal, que era de apenas 25%. Outros municípios da região apresentam o dobro desta representatividade. 
 
Outro destaque positivo foi a segurança pública da região, em comparação com outras regiões do Brasil e do mundo, com destaque para Lages (87.8) e Otacílio Costa (85.9).  Como é comum, alguns municípios menores se destacaram também pelas baixas taxas de criminalidade e ocorrências policiais.
 
A diferença entre o IPS e outras métricas que observam o desenvolvimento social, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), por exemplo, é que ele prioriza a observação de indicadores socioambientais em detrimento das variáveis econômicas. “Progresso social não está necessariamente ligado ao crescimento econômico. Uma boa gestão dos recursos e a participação das comunidades podem ser determinantes para o progresso social”, explica Marcelo Sette-Mosaner, gerente da Fundación Avina, responsável pelo IPS na América Latina. “Poucos municípios no Brasil e na América Latina têm acesso a dados tão atualizados e relevantes sobre sua situação e a de sua região. E eles são muito valiosos para a gestão pelos poderes públicos, comunidades e iniciativa privada”, complementa. 
 
Os indicadores também servirão para avaliação dos programas sociais que a própria Klabin desenvolve no território. “Temos programas sociais de apoio a esses municípios nas áreas de planejamento, educação e agricultura familiar, e o IPS nos ajudará a medir o valor que cada uma dessas iniciativas entrega para as comunidades”, afirma Uilson Paiva, gerente de Responsabilidade Social e Relações com a Comunidade da Klabin. 
 

#IPS #ESG #SantaCatarina