11/05/2023

Sustentabilidade

Live reúne executivas da BASF e da Klabin para discutir inovação e sustentabilidade

Os caminhos para aprimorar as práticas de gestão de uma corporação foram discutidos por Ornella Nitardi, gerente de Inovação Aberta e Ecossistemas Digitais para América do Sul da BASF, e Renata Frés, gerente de Inovação da Klabin

 

Estão abertas até o dia 25 de maio as inscrições para o anuário Época NEGÓCIOS 360º, uma parceria entre a Época NEGÓCIOS e a Fundação Dom Cabral. Trata-se da pesquisa de negócios mais completa do Brasil, que elege as melhores empresas de acordo com seis desafios: desempenho financeiro, governança corporativa, inovação, gestão de pessoas, responsabilidade socioambiental e visão de futuro.

 

Nesta quinta-feira, foi realizada a Live Desafio 360º, reunindo Heiko Spitzeck, diretor do núcleo de sustentabilidade da Fundação Dom Cabral; Ornella Nitardi, gerente de Inovação Aberta e Ecossistemas Digitais para América do Sul da BASF; e Renata Frés, gerente de Inovação da Klabin. A moderação ficou a cargo de Maria Carolina Abe, editora executiva de Época Negócios.

 

“Participar do anuário é uma oportunidade para fazer uma avaliação mais holística da sua empresa”, disse Spitzeck. “Além disso, ao participar do ranking, o empresário poderá comparar sua companhia às melhores do Brasil, avaliar lado a lado as práticas de gestão e planejar um roadmap para aprimorar a organização.” Por último, o professor destaca que a participação dá visibilidade e credibilidade à corporação, que pode até mesmo inspirar outras empresas.

 

Jornada envolve toda a empresa

 

É preciso saber, porém, que se trata de um processo árduo: não basta apenas responder a algumas perguntas e clicar em Enviar. “É uma jornada que mobiliza toda a empresa”, diz Renata Frés, da Klabin. “Para poder preencher o formulário, é preciso primeiro discutir com os funcionários como a empresa está e como se coloca em relação a outras do mesmo setor.”

 

A cada participação, a gestão fica mais complexa, mas também mais eficaz, diz a executiva. “Neste momento, estamos trabalhando na governança da inovação: como a gente consegue medir e demonstrar os benefícios de novos processos”, afirma Renata. Segundo ela, embora haja várias formas de medir os resultados, o que mais impacta a empresa é a adoção de um mindset inovador. “Com essa nova cultura, os colaboradores se sentem autorizados a inovar em diversos níveis, até nas áreas mais básicas da companhia.”

 

A evolução do anuário também colabora para o desenvolvimento das empresas. “Antigamente, cada dimensão era olhada de maneira independente, como se um departamento da empresa não conversasse com todos os outros”, diz Spitzeck. Hoje, a metodologia do anuário valoriza as companhias nas quais as áreas trabalham juntas, e onde a inovação é uma transversal que atravessa toda a empresa.

 

Inovação e sustentabilidade

 

Um ponto fundamental para o professor da Fundação Dom Cabral é que não há inovação sem sustentabilidade. Ornella Nitard, da BASF, concorda. “Na BASF, implementar essa cultura de inovação e sustentabilidade é trabalho de todos, com a ajuda dos gestores, que precisam traduzir desafios e combinar as ferramentas para fazer com que as missões sejam coletivas”, diz a executiva. Na área de Inovação Aberta e Ecossistemas Digitais, que ela coordena, também há a preocupação de fazer a conexão com outros agentes da inovação, sejam estes startups ou grandes empresas. “Já desenvolvemos projetos de inovação aberta junto com a Klabin, por exemplo.”

 

Renata lembra que as duas empresas chegaram a fazer chamadas para startups de maneira conjunta, dentro de um olhar de sustentabilidade. “Essa é uma grande transformação pela qual as corporações vêm passado. Essa abertura para trabalhar junto com outras empresas, seja qual for o seu porte. Se a gente tem o mesmo propósito, juntos teremos muito mais força para chegar na frente.”

 

ESG e reputação

 

Trabalhar com essas duas agendas ao mesmo tempo é fundamental para as empresas que querem aprimorar a sua gestão, diz Spitzeck. “Mesmo que eu lance um produto bom no mercado, se ele causar estragos à natureza, irá perder seu valor, pois fará com que a empresa perca sua reputação”, diz.

 

Segundo ele, é preciso praticar algo que chama de Sustainable Solution: uma avaliação completa do portfólio de produtos, para identificar aqueles que oferecem desafios ambientais e precisam ser reformulados ou trocados. “Depois disso, deve-se reconhecer quais são os acelerators, os produtos que são considerados pelo mercado como os mais sustentáveis em suas áreas. As empresas que lançam esse tipo de produto conseguem se diferenciar”, diz o professor, para quem isso é, sim, uma prova de evolução.

 

Para que tudo isso aconteça, porém, é preciso garantir o engajamento dos colaboradores nesse processo. “No final das contas, são as pessoas que estão por trás de tudo”, diz Ornellas, da BASF. “É preciso entender a motivação dos funcionários, que também querem deixar um legado, causar um impacto no planeta. Então temos metas de economia circular, por exemplo, para todas as áreas, e dentro de toda a cadeia.”

 

Na Klabin, uma inovação nesse sentido foi a adoção de um incentivo de longo prazo vinculado a metas para 2030. “Todos os nossos colaboradores, não importa em que área trabalhem, podem reverter uma parte do seu bônus em ações da companhia. Qual ele faz isso, a empresa faz o match, dobrando aquele valor. Dessa maneira, tangibilizamos para todos o valor das ações sustentáveis”, diz Renata.

 

Ainda dá tempo de participar do anuário Época NEGÓCIOS 360º. O prazo para inscrições vai até 25 de maio. Todas as informações e o regulamento completo podem ser encontrados aqui.



https://epocanegocios.globo.com/especiais/360/noticia/2023/05/live-reune-executivas-da-basf-e-da-klabin-para-discutir-inovacao-e-sustentabilidade.ghtml