Klabin na mídia
17/03/2023
Desenvolvimento local e Projetos Sociais
No Recife, trabalhar com copos e canudos de papel já é uma realidade para os comerciantes
Itens oferecidos aos clientes pelo projeto Praia Limpa, mostram a possibilidade de trocar o plástico por uma opção sustentável e biodegradável.
Uma simples ida à praia para curtir com a família e os amigos pode resultar na produção de muito resíduo usado apenas uma vez. Aquele copinho de plástico com canudo que você recebe do vendedor é pequeno e leve, mas causa muito impacto na natureza e demora centenas de anos para se decompor.
Pensando em alternativas ecológicas, tem praia do Brasil aderindo às embalagens de uso único feitas de papel. No Recife, quem trabalha nas barracas nas praias de Boa Viagem, Pina e Brasília Teimosa, conta com a distribuição de 40 mil canudos e 160 mil copos de papel para serem ofertados aos clientes pelo projeto Praia Limpa.
Presidente da Associação dos Barraqueiros da Orla de Boa Viagem, Severino da Silva, conhecido como Biu do Gelo, comenta que os clientes têm gostado bastante da ideia, que é benéfica para o meio ambiente e traz uma nova alternativa de material para os comerciantes.
Além dos copos e canudos, as equipes do Praia Limpa fornecem também, aos domingos, sacolas de papel para a separação do lixo reciclável e orgânico. Ao sair da praia, cada morador ou turista pode deixar o resíduo em lixeiras de papelão identificadas como reciclável e não reciclável, completando assim seu papel de manter as areias limpas.
Perto de uma das quadras de tênis da orla da Zona Sul fica a Barraca da Edite, comandada por Espedita Crispin dos Santos, 70 anos. É ela que, há 33 anos, recebe os clientes com um carisma que impressiona, assim como a sua energia de ficar para cima e para baixo na areia garantindo um ótimo atendimento a quem está curtindo o dia de praia.
Neste verão, junto com a lixeira disponibilizada para cada guarda-sol, Espedita – que é mais conhecida como Edite – entrega também sacolas de papel do Praia Limpa. Com pavor de ver canudo na areia, ela os recolhe um a um e incentiva os funcionários a fazerem o mesmo.
“Saio juntando o meu lixo. Podia ter uma lei para que os barraqueiros fossem obrigados a deixar sua área limpa”, defende.
Campeãs de reciclagem no Brasil, as latinhas também estão na mira da comerciante, que junta todas da sua barraca para reverter em feira básica para quem precisa mais do que ela. Só em novembro do ano passado, a coleta chegou a 70 kg, o que resultou na conversão para cerca de R$ 400 graças à venda do material.
Apoiadora das iniciativas que reforçam a importância de manter a praia linda e limpa, Edite diz que compraria copos e canudos feitos de papel, porque são descartáveis como os de plástico e podem ser destinados à reciclagem. A opção de papel é ainda biodegradável, ou seja, se decompõe sob determinadas condições de luminosidade, temperatura e umidade.
Cliente da Edite, a diretora de cinema, Anna Andrade, 39 anos, aprovou o copo de papel do Praia Limpa. Ela, que aproveitou um domingo de sol com a produtora de cinema, Thayse Limeira, 33 anos, cuida sempre para destinar corretamente o lixo e, como boa recifense criada na praia, recolhe os copos que vê pela areia.
“Acho que qualquer iniciativa que dê conta da poluição, de diminuir a quantidade de plástico e de incentivar as pessoas a terem educação ambiental e a preservarem o meio ambiente é positiva e muito válida”, avalia Anna.
Realizado pela Globo em parceria com a Prefeitura do Recife e apoio da Klabin, o Praia Limpa começou em novembro de 2022 e vai até abril de 2023. Há mais de 20 anos, o projeto conscientiza a população sobre o descarte de resíduos presentes na orla e distribui sacolas para o lixo, copos e canudos biodegradáveis, além de pulseiras de identificação para as crianças.
Lixeiras do Praia Limpa estão pelos 8 km de praia da Zona Sul da cidade (Foto: Victor Jucá/Divulgação Praia Limpa)