09/12/2022

Sustentabilidade

COP27: veterana no evento, Klabin mostrou por que é um case em descarbonização

Maior produtora e exportadora de papéis para embalagens do Brasil, a companhia foi a única a integrar o Business Leaders, grupo responsável por engajar o setor privado no tema mudanças climáticas

 

O balneário egípcio de Sharm el-Sheikh ganhou destaque pelo mundo afora durante o mês de novembro por sediar a 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP27. Durante 12 dias, representantes de 196 países debateram temas como adaptação climática, redução das emissões de gases de feito estufa e a colaboração para conter o aquecimento global.

 

Além de lideranças políticas e do terceiro setor, representantes da iniciativa privada marcaram presença, já que a forte atuação do mundo corporativo é essencial para o sucesso do Acordo de Paris, compromisso que estabelece ações para limitar o aumento médio da temperatura global a 2 °C (preferencialmente a 1,5 °C) na comparação com termômetros da era pré-industrial.

 

COP27: uma veterana representando o país

 

Entre as empresas brasileiras, uma das veteranas foi a Klabin, a maior produtora e exportadora de papéis para embalagens e de soluções sustentáveis em embalagens de papel do país, representada no evento por seu diretor-geral, Cristiano Teixeira, e pelo diretor de tecnologia industrial, inovação, sustentabilidade e projetos, Francisco Razzolini.

 

“A companhia vem participando de conferências sobre o clima desde a ECO-92 no Rio de Janeiro”, conta Razzolini, agora de volta de sua terceira COP.

 

Na comitiva do Brasil, a Klabin foi a única a integrar o Business Leaders, grupo responsável por difundir e engajar o setor privado no tema mudanças climáticas. Ao longo das duas semanas, Teixeira e Razzolini participaram de painéis que abordaram assuntos relevantes como a redução das emissões de carbono e o impacto da água na atividade florestal.

 

Klabin: exemplo de descarbonização

 

Em evento realizado na COP27 pela embaixada do Reino Unido e pelo CDP (organização anteriormente conhecida como Carbon Disclosure Project) da América Latina, o diretor-geral da companhia apresentou um panorama sobre os avanços da fabricante de papel, celulose e embalagens na descarbonização.

 

E os avanços são muitos. A empresa é a única da América Latina e uma das 14 do mundo com a classificação Triple A do CDP, a mais alta pontuação concedida pela entidade para seus três programas: mudanças climáticas, água e florestas.

 

Para alcançar o reconhecimento, entre 2003 e 2021, a Klabin reduziu 52% o uso específico de água e 67% das emissões de gases de efeito estufa diretas nas operações. “Agora o objetivo é cortar essas emissões em 25% até 2025 e de 49% até 2035, tendo 2019 como ano-base”, afirma Razzolini. As metas de redução têm aprovação da Science Based Targets initiative (SBTi), uma colaboração entre o CDP, o Pacto Global das Nações Unidas, o World Resources Institute e o World Wide Fund for Nature, para a definição de metas climáticas baseadas na ciência.

 

Para reduzir as emissões de carbono, a empresa vem apostando em energia limpa. “Ao todo, quase 90% de nossa matriz energética vem de fontes renováveis, e o objetivo é chegar a 92% até 2030”, diz Razzolini.

 

Para isso, foram desenvolvidos processos de autogeração de energia limpa à base de biomassa, também utilizada em fornos na substituição de combustíveis fósseis, e de lignina (um componente da madeira não aproveitado para fabricação de celulose).

 

Fora das fábricas, a Klabin mantém 292 mil hectares de matas nativas preservadas, além dos mais de 340 mil hectares de florestas plantadas para fins produtivos. As áreas capturam mais gases de efeito estufa do que o volume emitido pelas operações e rendem à companhia um saldo positivo anual de 4,9 milhões de toneladas de carbono equivalente.

 

O desafio, agora, é incentivar fornecedores e clientes a também adotarem metas de redução de emissões com base na ciência.

 

Um chamado a toda a cadeia

 

Na campanha ImPacto NetZero, organizada pela Klabin em parceria com a Rede Brasil do Pacto Global da ONU, a companhia convida o setor privado a avaliar a adoção de metas de redução de suas emissões de gases de efeito estufa com base na ciência, colaborando, assim, para a mitigação das mudanças climáticas.

 

“Queremos incentivar toda a cadeia produtiva a fazer um balanço de suas emissões e traçar ações para reduzi-las”, diz Razzolini, para quem não faltará trabalho antes de arrumar as malas para a próxima COP, em Dubai.

 

Francisco Razzolini ao lado dos Climate Champions e alguns membros do Business Leaders Group, em reunião realizada durante a COP27. (Klabin/Divulgação) (Foto: )

 

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