18/02/2021

Bunge, Duratex, Nestlé e Klabin participam de programa de inteligência artificial do Senai

O universo de uma grande corporação e de uma startup são muito diferentes. A primeira é bem estabelecida e consolidada, conhece e respeita seus processos e, por isso, nem sempre consegue resolver seus desafios de forma rápida. Já as startups são modelos de negócio que promovem velocidade, que fazem testes para resolver dores de forma ágil e conseguem alterar e melhorar seus produtos com frequência. Por isso, a interação entre esses dois universos não é trivial.

 

O Senai no Paraná tem como objetivo promover esta conexão por meio do Hub de Inteligência Artificial. “No Hub de Inteligência Artificial, oferecemos vários serviços, desde formação de colaboradores com habilidades em IA, até programas específicos para grandes empresas” conta Henry Carlo Cabral, gerente da unidade do Senai em Londrina. “É o caso do AI Corporate Innovation, no qual convidamos grandes empresas que demandam implementar novas tecnologias de indústria 4.0 e startups que respondam a estes desafios.”

 

Na edição de 2020, participaram a Bunge, Duratex, Nestlé e Klabin, que propuseram 23 desafios relacionados aos seus negócios. Foram mais de 80 startups que inscreveram mais de 250 propostas. Destas, 25 foram selecionadas para a fase de imersão e 12 chegaram a ser contratadas para execução nas corporações. “Com a metodologia de open innovation, as criações são testadas em ambientes reais e têm como objetivo avaliar todas as variáveis que podem influenciar na solução, descobrindo assim se o que foi desenvolvido atende às expectativas das empresas a um custo muito baixo”, explica Henry.

 

Giancarlo Tomazim, gerente de Inovação Corporativa e Sustentabilidade da Duratex, afirma que a inteligência artificial pode ser uma grande aliada dos processos industriais, melhorando padrões de qualidade, trazendo eficiência operacional para processos, diminuindo o tempo para encontrar falhas e solucioná-las, entre outros. “O programa nos trouxe uma proposta inovadora desde o começo, fomentando o tema de Inteligência Artificial tão difundido em serviços e varejo, com um viés para a indústria. Conseguimos emplacar três provas de conceito focadas na área industrial e em ferramentas para aumentar nossos volumes de vendas, com soluções inovadoras”, conta.

 

A Nestlé considera inovação aberta extremamente estratégica e a inteligência artificial, mais especificamente, atende várias demandas da companhia. “Na atualidade, existe uma imensidão de dados coletados. Sem inteligência artificial é muito difícil explorar todo o potencial desses dados, pois a capacidade humana de processamento é inferior à quantidade de dados disponíveis. Hoje, o potencial de IA na indústria é aplicado desde o desenvolvimento de novos produtos, até o entendimento do consumidor, passando por automação de processos repetitivos”, comenta Juliana Glezer, gerente de Inovação e Portfólio na Nestlé e responsável por inovação aberta, ideação e prototipagem, tendências e portfólio de inovações.

 

Juliana conta que os projetos realizados no programa já estão agregando valor à Nestlé dentro das unidades de Nutrição Infantil e Supply Chain: “Com o programa AI Corporate Innovation, a Nestlé teve a flexibilidade das startups, além da experiência, metodologias e da robustez do Senai. E os resultados parciais já apresentam alta assertividade”.

 

Já a Klabin desenvolveu projetos em duas grandes áreas, florestal e manutenção. “A participação no programa foi bastante rica. Tivemos a oportunidade de trocar experiências com grandes empresas de outros setores e conhecer novas tecnologias com startups bastante inovadoras, de todo o país. O projeto abre uma série de oportunidades para todos os participantes”, afirma Renata Freesz, gerente de inovação da Klabin. Renata ainda corrobora os benefícios das tecnologias de IA: “As tecnologias de IA são fundamentais para a indústria, elas nos permitem ter um maior entendimento de todos os dados gerados por nossos equipamentos, cruzar informações entre as máquinas, ter mais agilidade na resolução de problemas, maior segurança, confiabilidade e redução de custos, entre outros benefícios. No programa, as provas de conceito apresentaram testes bastante positivos e agora estamos em fase de desenhar a implementação em maior escala, que resultará em ganhos em nossas operações”, aponta.

 

Para a Bunge, o programa AI Corporate Innovation foi um caminho importante para a companhia compreender melhor eventuais aplicações de Inteligência Artificial em alguns de seus processos, ao mesmo tempo que possibilitou a aproximação do ecossistema de inovação. Inicialmente, a intenção de entrar no programa foi entender como as aplicações de IA podem automatizar processos internos, como leitura de documentos, cruzamento e mineração de dados para obter em tempo real informações que são importantes para tomada de decisão. Durante a participação, a construção de forma coletiva com as startups aumentou o repertório das equipes internas na temática, de forma extremamente enriquecedora.

 

As empresas já estão passando pelo processo de seleção para o ciclo de 2021 e os novos desafios deverão ser lançados ainda em fevereiro. Acompanhe o processo pelo site: https://www.senaipr.org.br/tecnologiaeinovacao/nossarede/hubsdeinovacao/corporateinnovation/.