16/09/2025

Sustentabilidade

Mercado pet: setor de celulose e papel traz alternativas naturais e sustentáveis para o segmento

Setor que movimentou R$ 75,4 bilhões em 2024 aposta em produtos de origem renovável, como papel e celulose, para atender tutores cada vez mais conscientes

Por Fernando Capo
16/09/2025

Em 2024, o mercado pet brasileiro faturou R$ 75,4 bilhões, alta de 9,6% em relação a 2023, segundo a Abinpet – Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de estimação, o que representa aproximadamente 0,36% do PIB nacional. 

Dentro desse cenário de expansão, cresce também a responsabilidade ambiental. Tutores cada vez mais conscientes buscam soluções que unam cuidado com os pets e respeito ao meio ambiente, o que abriu uma gama de possibilidades para o setor de celulose e papel, que através de produtos de origem sustentável, trazem alternativas seguras, funcionais e alinhadas às práticas de consumo responsável. 

No âmbito de higiene e cuidado, a Klabin, única produtora brasileira dos três principais tipos de celulose: fibra curta, fibra longa e fluff, tem acompanhado de perto essa tendência, tendo identificado no segmento pet um vetor estratégico de oportunidades, tanto para o desenvolvimento de embalagens sustentáveis quanto para a ampliação da oferta de itens de higiene. 

“A crescente adoção da celulose fluff abre espaço para aplicações em produtos de higiene e cuidado animal, de forma semelhante ao uso já consolidado em fraldas e absorventes higiênicos. Essa versatilidade reforça a estratégia da Companhia de oferecer soluções renováveis, recicláveis e biodegradáveis, alinhadas às exigências de qualidade e sustentabilidade do consumidor moderno.”, explica Alexandre Nicolini, diretor de Celulose da companhia. 

A PineFluff™, primeira celulose fluff desenvolvida no Brasil para produtos absorventes descartáveis, por exemplo, é amplamente utilizada em tapetes higiênicos para animais de estimação, além de outras aplicações voltadas ao cuidado e higiene.

Complementando esse portfólio, continua Nicolini, a Klabin oferece ao mercado a PineFluff™ eXcel, uma solução inovadora que combina fibras curtas de eucalipto e fibras longas de pinus. Essa composição única amplia as possibilidades de aplicação e eleva o desempenho dos produtos, proporcionando maior absorção, conforto e eficiência. 

Já a Mili, maior indústria 100% brasileira no segmento de papel tissue, decidiu apostar sua entrada no mercado pet com a criação de uma linha própria de tapetes higiênicos, o “Mili Pet”, que contém seis camadas de proteção e design super slim.

Outra oportunidade está no setor de embalagens. O segmento pet hoje já realiza praticamente todo o transporte de seus produtos através de caixas de papelão ondulado, mas a novidade é a adoção do papel para embalagens em substituição às plásticas.

A Tetra Pak, líder mundial em soluções de processamento e envase de alimentos, em parceria com a Brazilian Pet Foods, uma das maiores fabricantes de alimentos pet do país, criaram a primeira embalagem em caixinha para alimentos úmidos para pets. 

Para o projeto, a Tetra Pak utilizou a embalagem Tetra Recart®, modelo concebido para alimentos prontos para o consumo, que conta com tecnologia de esterilização em autoclave que permite que as embalagens garantam uma vida útil aos alimentos sem refrigeração, mantendo suas propriedades nutricionais.

“A entrada da Tetra Pak no segmento de alimentação para pets no Brasil é um importante passo na nossa estratégia de apoiar a indústria em diversas frentes, como a inserção em mercados totalmente novos”, afirma o diretor de Novos Negócios da Tetra Pak Brasil, Luis Antonio Kühl “No caso dos pets, para os tutores, que tem cada vez mais um olhar especial para saudabilidade, proporcionar um olhar mais humanizado, com produtos mais naturais e práticos também para os pets, é nossa prioridade”, finaliza o executivo.

Para os felinos, naturalmente apaixonados pelas caixas de papelão, empresas como A Cat Thing têm apostado em brinquedos como arranhadores, cubos com entradas e saídas e até módulos que se encaixam formando um verdadeiro playground para os gatos.

E a previsão é que o setor, que se consolidou como um dos poucos que não apenas resistiram à pandemia, mas cresceram em meio a ela, já que diversas pessoas adotaram ou compraram pets para ter uma companhia durante o período de isolamento, continue a crescer.

Hoje os pets já são considerados membros das famílias, um movimento que tende a ser acelerado por mudanças importantes na sociedade, como os estilos de vida mais solitários nas grandes cidades, o envelhecimento da população, o aumento no número de casais que optam por não ter filhos e buscam a companhia de um pet, além do papel fundamental que os animais de estimação têm em tratamentos terapêuticos e em políticas de inclusão social. 

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