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21/04/2022
Sustentabilidade
Tetra Pak vai restaurar áreas na Mata Atlântica no PR e em SC
Projeto “Conservador das Araucárias” vai restaurar uma área equivalente a 9.800 campos de futebol
A Tetra Pak anunciou nesta semana o lançamento da primeira fase do Conservador das Araucárias, projeto de restauração ambiental que traz um modelo inovador focado na recuperação de áreas rurais degradadas por meio do plantio de espécies nativas, com benefícios para as comunidades locais, fauna e flora da Mata Atlântica.
Desenvolvida em parceria com a Apremavi, organização da sociedade civil que atua com projetos de conservação e restauração desde 1987, a iniciativa irá se concentrar, em seu primeiro ano, na restauração de uma área piloto de 80 hectares e no mapeamento de áreas potenciais de recuperação.
Os modelos validados durante a fase inicial serão replicados ao longo de dez anos em uma área de 7 mil hectares de Mata Atlântica distribuídos pelos estados de Santa Catarina e Paraná. A área equivale a 9.800 campos de futebol.
A Mata Atlântica é um dos biomas mais ricos do mundo em biodiversidade e o segundo mais ameaçado de extinção. Originalmente, a floresta se estendia por 17 estados brasileiros, mas hoje está reduzida a apenas 12% de sua área, colocando em risco milhares de espécies que não existem em nenhum outro lugar do planeta. O projeto Conservador das Araucárias, por sua vez, irá beneficiar um ecossistema que corre um risco ainda maior: a Floresta com Araucárias, que hoje conta com apenas 3% de sua formação original preservada
A restauração ambiental tem ainda um papel importante no combate às mudanças climáticas, uma vez que as árvores absorvem e armazenam dióxido de carbono à medida que crescem. Atualmente, as florestas são responsáveis por absorver 30% de todas as emissões de carbono do mundo. Assim, projetos de restauração como o Conservador das Araucárias podem ter um impacto significativo na redução dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera e ajudar a reverter os efeitos das mudanças climáticas.
“O Conservador das Araucárias é a nossa resposta ao chamado das Nações Unidas de fazer desta a década da restauração de ecossistemas”, explica Julian Fox, Diretor Global de Nature Programs na Tetra Pak. “Estamos entusiasmados com as perspectivas deste projeto, que visa conectar diversos grupos da sociedade brasileira no desenvolvimento de um modelo inovador, unindo restauração ambiental e análise de captura de carbono para mitigação das mudanças climáticas e recuperação da biodiversidade”, completa o executivo.
“Entre as metodologias propostas estão o plantio de mudas nativas, o enriquecimento ecológico de florestas secundárias e a condução da regeneração natural”, complementa Miriam Prochnow, conselheira e co-fundadora da Apremavi. “No longo prazo, as áreas restauradas serão integradas a corredores ecológicos, reduzindo a pressão sobre as espécies animais ameaçadas de extinção como o papagaio-do-peito-roxo e o veado-campeiro. Essas ações são fundamentais para a proteção da biodiversidade, a restauração da qualidade do solo e na manutenção da disponibilidade de água da região”.
Além disso, a Tetra Pak certificará a área da Mata Atlântica em carbono voluntário e de biodiversidade seguindo padrões internacionais. A certificação medirá o sequestro de carbono, o que significa que o projeto terá um papel fundamental no compromisso da companhia de zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa em suas operações até 2030[4]. Mas a Tetra Pak viabilizará a certificação de uma área mais ampla do que a prevista para a restauração: serão 13,7 milhões de hectares – uma área do tamanho da Inglaterra – de forma a incentivar outras organizações a aderirem à iniciativa.
No médio e longo prazos, o projeto pretende gerar benefícios sociais e econômicos à região, com o apoio aos proprietários rurais parceiros na adequação de suas propriedades à legislação ambiental. Além disso, haverá a oportunidade de diversificação de renda por meio do Programa de Pagamentos por Serviços Ambientais vinculado a créditos de carbono, algo inédito no país.
“Este é um importante passo para a Tetra Pak globalmente e em nosso país rumo a liderança na transformação da sustentabilidade. Nós já somos reconhecidos pelo compromisso de longo prazo com o meio ambiente e a cadeia de reciclagem e este projeto reforça a nossa jornada em sustentabilidade, encorajando proprietários de terras rurais a se tornarem aliados na preservação e conservação destas áreas, enquanto poderão ter uma diversificação de renda”, complementa Marco Dorna, presidente da Tetra Pak Brasil.
Além da Apremavi, a iniciativa inclui as participações da Conservation International e da The Nature Conservancy Brasil (TNC), além da Klabin, maior produtora e exportadora de papéis para embalagens do Brasil, fornecedora e parceira da Tetra Pak. “Este projeto está sendo pensando desde 2019 com a participação ativa de diversos atores, especialistas para a estruturação de ações com impactos reais para o nosso planeta”, reitera Valéria Michel, Diretora de Sustentabilidade da Tetra Pak no Brasil. “Agregar o Conservador das Araucárias aos nossos projetos vem ao encontro de nossa busca pela embalagem mais sustentável do mundo, além de ações que extrapolem a nossa operação, criando um círculo virtuoso de conservação e desenvolvimento sustentável”, finaliza.
Fonte: https://dcmais.com.br/parana/tetra-pak-vai-restaurar-areas-na-mata-atlantica-no-pr-e-em-sc/