O governo de São Paulo está sendo criticado por sua decisão de oferecer apenas material didático digital aos alunos do Ensino Fundamental II e médio. Especialistas em educação, professores e diretores escolares apontam a importância de uma abordagem híbrida, que combine as vantagens do ensino analógico e digital. O exemplo recente da Suécia, que recuou de sua estratégia de digitalização completa, e um relatório da Unesco que recomenda evitar o uso de celulares em sala de aula reforçam essa perspectiva.

O diretor executivo da ONG Todos Pela Educação, Olavo Nogueira Filho, destaca que nenhum país substituiu totalmente o material impresso pelo digital e enfatiza a necessidade de coexistência. Paulo Blikstein, especialista em tecnologia para aprendizado, salienta a importância de uma transição gradual e adequada à realidade.

Considerações importantes incluem a infraestrutura tecnológica insuficiente nas escolas, a necessidade de manutenção de dispositivos e preocupações com o uso excessivo de telas. Além disso, há questionamentos sobre os prejuízos pedagógicos relacionados à concentração dos alunos em um ambiente predominantemente digital. No entanto, também se reconhece a possibilidade de melhor compreensão do conteúdo, avaliações mais ágeis e acesso democrático a pessoas com deficiência. A discussão sobre essa questão envolve, portanto, equilibrar as vantagens e desafios do uso de tecnologia no ensino.

Fonte: G1 / Luiza Tenente / Emily Santos

Leia aqui o artigo completo.